Não há como negar. Às vezes dá
mesmo vontade de parar, de não fazer nada, dar o velho grito: “Pare o mundo que
eu quero descer!”. Será que você deve parar?
A rotina de trabalho mudou muito
no século que vivemos. A crescente industrialização colocou um ritmo de
trabalho focalizado na produção, ditado pela esteira simbólica que passa à
nossa frente com as tarefas por fazer, assim como peças numa linha de produção.
O capataz dentro de nós, perfeccionista, estimulado pela competitividade, pelo
orgulho de fazer mais e melhor, nos obriga a continuar. Às vezes, nem tão
imaginário, há um prazo ou um chefe a cobrar resultados, que nunca podem estar
atrasados.
Para tudo há um preço. Desde o
executivo, “workaholic”, até o operador de produção, todos poderão ser chamados
a pagar a conta. E o valor é pago com um bem valioso: a saúde física ou mental.
Uma dor muscular (LER/DORT), uma angústia extrema (síndrome do pânico), ou
outras formas de soar o alarme nos obrigam a parar. Pode acontecer com qualquer
um. Pode acontecer com você.
Há, porém, maneiras de evitar o
desastre. Uma delas pode ser bem simples: fazer pausas. Pare agora, e um
pouquinho de cada vez. Muitas profissões são praticamente obrigadas a fazer
pausas, como os digitadores, por exemplo. Antes valorizados de acordo com sua
velocidade, número de toques por minuto, num verdadeiro campeonato destrutivo,
hoje conhecem o valor do ritmo confortável de trabalho. A cada 50 minutos de
trabalho fazem pausas de 10 minutos, com exercícios de alongamento,
relaxamento, ou apenas descansando. Mas param. Assim fazendo, trabalham e
rendem muito mais, com uma visão diferente de suas funções, muito mais
gratificante. Chega de esteira! Chega de “Tempos Modernos”!
Vamos parar um pouquinho, nem que
seja para pensar. Se você pensar um pouquinho, vai com certeza entender: não há
bem maior que sua saúde.
O mundo não precisa parar: quem
tem que parar é você.
Dr. Conrado de Assis Ruiz
Aproveite o fim de semana!
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